sábado, 27 de junho de 2009

Crônicas

Crônicas
O Prainha Futebol Clube está comemorando nesse ano, oitenta anos de história. O primeiro nome da cidade "Prainha", está estampado em seu manto sagrado. Acompanhei muitos jogos quando moleque. Sempre morei no Morro do Piolho (Jd.Bela Vista), então não saía da beira do campo, seja pra "batê" uma pelada (travinha), rebatida ou pra assistir os craques Prainhense aos domingos.
Me recordo muito bem de um festival do Prainha, em que foi convidado pra fazer a "Prova de Honra", o Palmeirinhas da cidade de Itanhaém. Era considerado na época, uma das melhores equipes do litoral. Sua filosofia de trabalho era investir em novos valores e revelou grandes talentos varzeanos, inclusive excursionava pelo Mercosul para a disputa de torneios.
Nessa época devia ter uns 12 ou 13 anos de idade, isso por volta de 1973 ou 1974. "Prova de Honra". O Prainha contava em suas fileiras com jogadores como: Jair, Edgard, Isnaldo, Inho, Gótica, Dico, Paulo, Bino, Ari, Daica, Nego e um dos melhores jogadores da região, se não o melhor, Anselminho, sob o comando do técnico Genésio. Juiz do jogo, Alberto Brandão. No primeiro tempo, o Prainha, por ser um time mais experiente, acabou envolvendo o Palmeirinhas e saiu vencedorpela contagem mínima, gol de Anselminho.
O que me chamou a atenção nessa primeira parte do jogo, além do próprio Prainha, foi o técnico da equipe visitante, não parava de gritar com os seus comandados, já que seu time estava sendo completamente envolvido.
Após o intervalo, o técnico do Palmeirinhas retornou como jogador de sua equipe. No segundo tempo, aquele cara moreno que ficava berrando ao lado das quatro linhas, entrou, comandou e ainda fez os 2 gols da virada em cima do Prainha, deu uma verdadeira aula de futebol.
Faltando praticamente 3 minutos pro encerramento da partida, o juiz do jogo, Alberto, dá um penâlti a favor do time da casa. Nessa hora, a confusão tava armada, a equipe visitante querendo se retirar de campo, não se conformava com a marcação daquela falta. Entre idas e vindas, acabaram aceitando e deixaram o Prainha cobrar o penâlti. Anselminho bateu e empatou o jogo. Dada a saída do meio de campo, o juiz encerra a partida. O troféu da "Prova de Honra" fica com o time da casa, já que é de praxe que o empate dáva-lhe essa prerrogativa
Até hoje, quando encontro com o meu amigo Alberto (o juiz), recordo dessa história. Ficou e ficará marcada nos anais do futebol regional como um dos grandes jogos da várzea ribeirinha e litorânea.
Miracatu, 27 de junho de 2009.
Autor: Laerte de Camargo Araújo.

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